Quais são os idiomas mais falados na Europa atualmente?

A Europa está mudando… e não apenas na política ou na tecnologia. A transformação também acontece nas salas de aula, nos escritórios e nas ruas, impulsionada pela constante evolução dos idiomas. Enquanto o inglês continua sendo o idioma universal, outras línguas como o espanhol, o francês, o alemão e até mesmo o chinês estão ganhando espaço na mente (e nos celulares) de milhões de europeus. Neste artigo, vamos mostrar o que está acontecendo com os idiomas na Europa e quais são os mais falados atualmente

Durante décadas, o inglês foi considerado a língua estrangeira por excelência. A globalização, o domínio de Hollywood, a internet e os negócios internacionais transformaram o idioma em uma ferramenta indispensável. Mas hoje, em pleno 2025, já não basta saber apenas inglês. Cada vez mais europeus estudam uma segunda e até uma terceira língua estrangeira.

De acordo com os últimos dados da Eurostat (instituição de estatística da União Europeia), os jovens europeus aprendem mais idiomas do que nunca. Como mostra o estudo publicado no site oficial, a tendência dos últimos dez anos é clara: passar de apenas um para dois idiomas estrangeiros por estudante. Em países como Luxemburgo, os alunos estudam em média 2,5 idiomas estrangeiros por pessoa. Finlândia, Malta e Países Baixos também se destacam, superando a média de 2 idiomas por estudante. Até mesmo em países tradicionalmente monolíngues, como a República Tcheca ou a Espanha, os números vêm crescendo lentamente.

📊 Top países com mais idiomas por estudante (média):

  • Luxemburgo: 2,5 idiomas
  • Finlândia: 2,2 idiomas
  • Malta e Países Baixos: 2,1 idiomas
  • Estônia: 2 idiomas
  • Espanha: 1,4 idiomas
  • França: 1,5 idiomas
  • Alemanha: 1,2 idiomas

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O boom do espanhol

O espanhol deixou de ser um idioma ouvido apenas na Espanha ou na América Latina. Hoje, é uma das línguas estrangeiras mais estudadas no mundo, especialmente nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa. Segundo dados divulgados pelo Duolingo sobre o uso de sua aplicação, o inglês continua sendo o grande idioma universal, estudado como segunda língua na maioria dos países. A exceção está em alguns países do Norte da Europa, que possuem sistemas educacionais multilíngues e uma alta taxa de imigração. Já nos países de língua inglesa, a escolha da segunda língua a aprender se divide quase igualmente entre o francês e o espanhol. Mas afinal, o que explica esse boom?

  1. Turismo e cultura: Espanha, México e Argentina estão entre os destinos preferidos dos europeus.
  2. Migração: Milhares de hispanofalantes vivem na Alemanha, Suíça e França.
  3. Influência global: O espanhol é idioma oficial de 21 países e uma das línguas da ONU.
  4. Instituto Cervantes: Com sedes em mais de 45 países, promove o ensino do idioma até mesmo em lugares como Indonésia ou África do Sul.
  5. Pop culture: Séries, reggaeton e redes sociais tornaram o espanhol irresistível para as novas gerações.

Francês, um clássico diplomático

O francês, com sua elegância e peso histórico, continua sendo uma língua fundamental, especialmente na África e em partes da Europa. Até meados do século XX, a França teve presença colonial em mais de 9% do planeta, o que deixou uma forte herança linguística em países como Argélia, Marrocos, Vietnã e Senegal. Essa herança, e, de certa forma, também a influência política, fez com que o francês se tornasse obrigatório como segunda língua em muitos desses países, embora alguns já estejam revendo suas políticas linguísticas.

Atualmente, o francês é o segundo idioma mais estudado em diversos países, ficando atrás apenas do inglês. Apesar de seu crescimento ser mais lento, permanece como uma língua essencial na diplomacia, na cultura e nos negócios internacionais.

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Alemão e russo: potências regionais

No Leste Europeu, o alemão continua sendo uma língua de grande relevância, principalmente pelo peso econômico da Alemanha e da Áustria. É uma das línguas mais procuradas em países como Polônia, Hungria e República Tcheca. Mas a expansão não acontece apenas na Europa: as novas tendências econômicas e geopolíticas estão colocando no mapa idiomas mais complexos para falantes de línguas latinas, especialmente por seus sistemas de escrita diferentes. Hoje, os idiomas em ascensão são o árabe e o chinês mandarim, que, além de tudo, são línguas oficiais da ONU ao lado do espanhol, do francês e do inglês.

O russo, por sua vez, é o sétimo idioma mais falado do mundo. Embora tenha perdido espaço na Europa Ocidental após a queda da URSS, continua dominante em partes do Leste Europeu e da Ásia Central, sendo língua oficial em países como Bielorrússia, Cazaquistão e Quirguistão. Durante muitos anos, seu ensino era obrigatório em diversas escolas da Europa, mas a atual situação geopolítica reduziu sua presença em alguns países. Ainda assim, o russo segue contando com milhões de falantes e estudantes ao redor do mundo.

Chinês e árabe: os idiomas do futuro

Não é exagero: o mandarim e o árabe moderno padrão estão em alta. Apesar da dificuldade e das diferenças em relação ao alfabeto latino representarem um desafio, esses idiomas estão cada vez mais populares.

O chinês mandarim (putonghua) é a versão padronizada da língua chinesa, adotada especialmente pela geração com menos de 40 anos, que deixou de lado o chinês clássico e facilitou seu aprendizado. Hoje, é falado por mais de 900 milhões de pessoas e cresce rapidamente em países como Taiwan, Singapura, Malásia e Indonésia. Sua expansão é imbatível graças ao crescimento econômico da China e à sua presença global, além da difusão de dezenas de Institutos Confúcio em toda a Europa.

O árabe, por sua vez, é o quinto idioma mais falado no mundo e língua oficial em 20 países. O aprendizado geralmente acontece por meio do fushà, ou árabe moderno padrão, usado nos meios de comunicação, já que os diferentes dialetos dificultam a compreensão entre regiões. Sua relevância na Europa está diretamente ligada à migração e ao fortalecimento cultural e econômico. Como consequência, surgiram diversas instituições dedicadas ao ensino do árabe no continente, consolidando-o como uma língua estratégica nas relações internacionais e no comércio.


Para onde caminha a Europa linguisticamente?

Tudo indica que a Europa do futuro será trilíngue, intercultural e digital. O inglês continuará dominando, mas dividirá o protagonismo com idiomas como espanhol, francês, alemão, chinês e árabe. Dominar vários idiomas já não é mais um luxo, e sim uma necessidade em um mundo cada vez mais conectado e multicultural.

E você, qual idioma vai aprender este ano? Não espere mais para fazer parte dessa tendência linguística: aprenda um novo idioma e expanda seus horizontes!